domingo, 19 de junho de 2011

Poderá a cabeça ficar sem o corpo?

Seguindo o conselho de alguém que eu considero muito, fui ao Culto de Celebração.

Difícil para quem não é Cristão, entender quando o Pastor do alto do púlpito prega e as palavras não são para mais ninguém na igreja que não seja você.

No início do ano, logo assim que novos convertidos foram convidados à classe nova vida, (discipulado), minha mãe, recém convertida, começou a freqüentar e nos primeiros dias, eu fiquei na mesma classe para dar apoio, fortalecer e firmar sua decisão.

É de costume nas Igrejas Batistas, e até em outras denominações, que temos que tratar muito bem os visitantes, principalmente os novos convertidos, pois esta fase, conhecida como a fase do leite, ainda estão engatinhando na vida Cristã e são demasiadamente frágeis, capazes de se escandalizar por qualquer comentário ou eventualidade que ocorra durante este período.   

Uma noite de sábado, um novo convertido estava aguardando a aula começar e juntou-se a minha mãe no pátio da igreja, começaram a conversar e ele prontamente assim que me viu chegar, começou a fazer diversas perguntas. Todas as perguntas eram relacionadas à sua conversão. Fiz questão de explicar e tirar todas as dúvidas, pelo menos as que me sentia segura em esclarecer. As demais, eu pedi para que procurasse o Pr. Nilson, que sempre está disponível para qualquer um de seu rebanho.

Ele muito educado e se mostrou bastante interessado em tudo que eu dizia. Até então, ótimo! Para mim, conseguir ganhar uma vida para Cristo é um prêmio sem valor mensurável, não tem preço.

Passados os dias, comecei a descer para classe da maturidade, pois a classe nova vida eu já tinha frequentado durante um ano inteiro antes do batismo. E ele queria descer comigo, expliquei que era importante para ele continuar na classe nova vida e o convidei para EBD. No outro dia, logo cedo, lá estava ele, fazia questão de sentar ao meu lado. Pediu telefone, queria saber qual o culto que eu vinha, comecei a perceber que não era pela palavra todo aquele interesse e isso começou a me incomodar. Depois que conseguiu meu telefone, passou a me ligar, passar mensagens, passei a ignorar. 

No culto de celebração, geralmente eu ia sozinha e ele estava lá, aguardando ansiosamente o término para me dar carona até em casa, já que minha mãe e Raphinha não estavam comigo. Resultado: Deixei de ir, deixei também de ir para os encontros do grupo jovem quando soube que ele estava indo.

Durante o culto de hoje, culto com Ceia do Senhor, o Pr. Edvan falou algumas coisas que tocaram o meu coração, não era para ninguém, senão para mim as palavras que ele disse. Como eu tinha esquecido o meu caderno, peguei um envelope do dizimo que tinha na minha bíblia e comecei a escrever.

Ele disse: “Ouvimos tanto a palavra que chegamos a negar, a rejeitar, porque estamos saturados.” - E citou João 10 – Jesus, o bom Pastor. E continuou dizendo que temos uma audição diferente - “Jesus chama e as ovelhas a seguem, porque são suas e ninguém as pode arrebatar de sua mão. Jesus a conhece, por isso, a palavra é para você. Tua boca confessará: Aqui estou EU, Senhor! Olha pra mim! Pois elas não se escondem, estão comigo. Hoje seguem homens, seguem idéias, mas não seguem a Cristo. Seguir ao Senhor é seguir com Ele. Quem aceita a palavra, aceita também o corpo, pois Cristo é a cabeça.”

Tantas coisas mais ele falou. Mas a última me chamou atenção, não posso negar a palavra e me encher de desculpas para não ir ao culto de celebração. Não posso me esconder. Se eu tenho a Cristo, ou seja, a cabeça. Eu não posso ficar sem o corpo, a igreja.

Lição do dia: Quando se quer, arrumasse um meio, quando não, uma desculpa.

Um comentário:

  1. Nota mental: Salvar o post como rascunho. Pois à noite, quando eu escrevo, geralmente caindo de sono, não observo bem e falta palavras. =(

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