quarta-feira, 22 de junho de 2011

Qualidade de vida


“A beleza está nas coisas simples da vida” - Na volta para casa, depois de mais uma luta da labuta diária e uma luta por ideais, eu me senti exausta. Foi como se todas as minhas energias tivessem descarregado de uma única vez. Mas de onde vêm nossas energias?

Sabemos bem a quantidade de coisas que minam as nossas energias durante o dia.

Noites mal dormidas;
Má alimentação;
Um trabalho estressante;
Muito esforço físico e mental;
E não pasme, mas os “nãos” que recebemos, também minam as nossas energias.

É fácil detectar o esgotamento de nossas forças vitais. Sempre temos outros fatores associados que só faz piorar a situação. A ansiedade me faz comer mais, a tristeza me faz comer menos, as preocupações me deixam com insônia, o nervosismo ataca minha gastrite e é agravada pela falta de apetite quando fico triste. Tudo é sintomatizado no meu estômago. Por dormir pouco, óbvio, fico com muito sono e às vezes com dor de cabeça... e o pulso ainda pulsa, pois essa lista com cara de anamnese não tem mais fim.

Conheço os sintomas e sei as causas, porém fazer algo para eliminar os catalizadores não é fácil. Preciso de dois hábitos que tento manter: disciplina e regularidade. 

Tudo se resumiria em “Qualidade de vida”, mas o que seria qualidade de vida? Para alguns seria necessário ter muito dinheiro para tê-la. Para mim, apenas organização. Ter viabilidade para uma regularidade, manter a disciplina para fazer o que é realmente necessário.

Daqui a alguns dias, o projeto acaba e volto para Boa Viagem. Não gostei desta mudança por diversos fatores: o trânsito, a distância, ou seja, vou dormir menos. A falta de estrutura para almoçar, consequentemente me alimentar mal, o clima, pois não estarei mais em um dos bairros mais arborizados de Recife, a troca de uma academia com vista para o Parque da Jaqueira... são tantas as coisas que vou perder com esta mudança que fico triste só em imaginar.

O que posso fazer para melhorar a qualidade de vida com os recursos que ainda possuo? Todo este tempo, sempre passei pela Jaqueira e pensava: "Vou tirar um dia no meu horário de almoço para caminhar na Jaqueira, mas não uma caminhada atlética, seria uma caminha de relaxamento, respirando profundamente e purificando os pulmões, descalçar e caminhar pela grama, deitar no banquinho de cimento frio e fechar os olhos só para ouvir o canto dos pássaros." Poético, não? Mas isso para mim é qualidade de vida, nada comparado a almoçar e voltar para frente do computador, certada de ácaros e radiações das máquinas.

Quanto custa isto? "Nada!" Incrivelmente algo que é tão prazeroso e faz tão bem, não custa nem um real. Quantas vezes eu fiz isto? “Nenhuma!” E agora que vou perder esta oportunidade, me lamento de não ter feito várias vezes.

Posso acrescentar varias outras coisas para melhorar minha qualidade de vida. Alimentação, uma boa noite de sono, conectar menos as coisas que me deixam estressada, conectar mais as coisas que me dão prazer e felicidade. Pena que todas as coisas são passiveis de serem feitas no meu novo endereço comercial, mas os passeios no Parque da Jaqueira, estes, não podem ser levá-los comigo. Eu tenho uma ampulheta – e não é do Windows - sinalizando o pouquíssimo tempo para realizar esta recarga de energia vital e totalmente gratuita. Agora é só por em prática.

Lição do dia: Qualidade de vida é uma filosofia inteligente da percepção dos recursos a sua volta.

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